terça-feira, 22 de setembro de 2015

A assembleia dos ratos

A ASSEMBLEIA DOS RATOS

UM GATO DE NOME FARO-FINO DEU DE FAZER TAL DESTROÇO NA RATARIA DUMA CASA VELHA QUE OS SOBREVIVENTES, SEM ÂNIMO DE SAIR DAS TOCAS, ESTAVAM A PONTO DE MORRER DE FOME.
TORNANDO-SE MUITO SÉRIO O CASO, RESOLVERAM REUNIR-SE EM ASSEMBLEIA PARA O ESTUDO DA QUESTÃO. AGUARDARAM PARA ISSO CERTA NOITE EM QUE FARO-FINO ANDAVA AOS MIOS PELO TELHADO, FAZENDO SONETOS À LUA.
– ACHO — DISSE UM DELES — QUE O MEIO DE NOS DEFENDERMOS DE FARO-FINO É LHE ATARMOS UM GUIZO AO PESCOÇO. ASSIM QUE ELE SE APROXIME, O GUIZO O DENUNCIA E POMO-NOS AO FRESCO A TEMPO.
PALMAS E BRAVOS SAUDARAM A LUMINOSA IDEIA. O PROJETO FOI APROVADO COM DELÍRIO. SÓ VOTOU CONTRA, UM RATO CASMURRO, QUE PEDIU A PALAVRA E DISSE — ESTÁ TUDO MUITO DIREITO. MAS QUEM VAI AMARRAR O GUIZO NO PESCOÇO DE FARO-FINO?
SILÊNCIO GERAL. UM DESCULPOU-SE POR NÃO SABER DAR NÓ. OUTRO, PORQUE NÃO ERA TOLO. TODOS, PORQUE NÃO TINHAM CORAGEM. E A ASSEMBLEIA DISSOLVEU-SE NO MEIO DE GERAL CONSTERNAÇÃO.

MORAL: DIZER É FÁCIL; FAZER É QUE SÃO ELAS!

Monteiro Lobato




O leão e o ratinho / Interpretação com alternativas

O leão e o rato


Estava um rato prestes a ser devorado por um gato faminto quando um leão que passava por perto, comovido com seu desespero, espantou o gato pra longe. Refeito do susto, o ratinho agradeceu:
– Muito obrigado por salvar minha vida, majestade. O senhor é o rei da floresta e não precisaria se incomodar com um ser tão insignificante como eu. Mas um dia eu hei de lhe retribuir este favor.
O leão, que não havia feito aquilo pensando em recompensa, seguiu o seucaminho:
– Pobre ratinho, como poderia ele retribuir um favor ao rei dos animais?
No dia seguinte, o leão estava andando distraído quando pisou numa rede estendida para aprisioná-lo. Assim que pôs a pata na armadilha, a rede se fechou sobre o seu corpo.
           – Ai de mim. Ficarei aqui a noite inteira até que cheguem os caçadores e me matem sem dó nem piedade.
Eis que pela estrada vem passando o ratinho seu amigo. Ao ver o leão naquela situação, prontificou-se no mesmo instante:
          –  É já que vou retribuir o favor que você me fez.
          E pôs-se a roer as cordas até livrar o leão da rede dos caçadores.

    Fábulas de Esopo. Adapt. de Ivana Arruda Leite. São Paulo: Escala Educacional. 2004.



QUESTÃO 01
A fábula recebeu esse título porque:
a) indica que o leão é o rei dos animais.
b) indica quem são os personagens principais.
c) indica que o leão e o rato são os personagens secundários.
d) nega os fatos importantes acontecidos com todos os personagens.

QUESTÃO 02
A atitude do leão para salvar o rato demonstra:
a) inveja do gato.
b) piedade pelo rato.
c) desprezo pelo rato.
d) egoísmo por ser mais forte.

QUESTÃO 03
O sentimento do rato em relação à atitude do leão indica:
a) astúcia.
b) vaidade.
c) gratidão.
d) liberdade.

QUESTÃO 04
O leão foi aprisionado por causa:
a) da sua distração.
b) da mata fechada.
c) do desejo de vingança do gato.
d) do seu desconhecimento do ambiente.

QUESTÃO 05
O ensinamento coerente com os fatos dessa fábula é:
a) O orgulho leva à morte.
b) É melhor confiar desconfiando.
c) Quando a sorte muda, os fortes necessitam dos fracos.
d) Aos poderosos, tudo se desculpa; aos miseráveis, nada se perdoa.
QUESTÃO 06
O trecho “[...] quando pisou numa rede estendida para aprisioná-lo” comprova que
os caçadores pretendiam:
a) caçar o leão.
b) ajudar o rato.
c) testar a armadilha.
d) caçar qualquer animal.

QUESTÃO 07
O adjetivo pobre, empregado no 4º parágrafo, expressa:
a) posição social.
b) falta de dinheiro.
c) motivo de orgulho.
d) digno de compaixão.

QUESTÃO 08
No texto, a palavra que significa próximo de acontecer é:
a) prestes.
b) retribuir.
c) comovido.
d) prontificou-se.

QUESTÃO 09
O verbo refazer foi empregado no texto como sinônimo de:
a) reparar, arrumar.
b) reorganizar, reformar.
c) fazer de novo, corrigir.
d) restaurar as forças,revigorar-se.

QUESTÃO 10
A fala do leão preso na armadilha confirma o sentimento de:
a) falta de esperança em ser salvo.
b) surpresa com a atitude dos caçadores.
c) esperança de chegar um amigo e salvá-lo.
d) certeza de que ia livrar-se sozinho da armadilha.

O leão e o ratinho


                                                   O LEÃO E O RATINHO

           UM LEÃO, CANSADO DE TANTO CAÇAR, DORMIA ESPICHADO À SOMBRA 
DE UMA BOA ÁRVORE. 
           VIERAM UNS RATINHOS PASSEAR EM CIMA DELE E ELE ACORDOU. TODOS CONSEGUIRAM FUGIR, MENOS UM, QUE O LEÃO PRENDEU EMBAIXO DA PATA.                  TANTO O RATINHO PEDIU E IMPLOROU QUE O LEÃO DESISTIU DE ESMAGÁ-LO E DEIXOU QUE FOSSE EMBORA. 
       ALGUM TEMPO DEPOIS, O LEÃO FICOU PRESO NA REDE DE UNS CAÇADORES. 
             NÃO CONSEGUIA SE SOLTAR E FAZIA A FLORESTA INTEIRA TREMER COM 
SEUS URROS DE RAIVA. NISSO, APARECEU O RATINHO. COM SEUS DENTES 
AFIADOS, ROEU AS CORDAS E SOLTOU O LEÃO.

            Moral: Uma boa ação ganha outra.
Retirado do site: http://www.qdivertido.com.br/verconto.php?codigo=10,
em 29/10/2012
1. O que os ratinhos faziam em cima do leão?
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2. Por que os ratinhos fugiram quando o leão acordou?
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3. Onde o leão ficou preso?
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4. O que o ratinho fez para salvar o leão?
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O cavalo e o burro / Fábula de Monteiro Lobato


O CAVALO E O BURRO

          Cavalo e burro seguiam juntos para a cidade. O cavalo, contente da vida, folgando com a carga de quatro arrobas, e o burro – coitado! gemendo sob o peso de oito. Em certo ponto, o burro parou e disse:
          – Não posso mais! Esta carga excede às minhas forças e o remédio é repartirmos o peso irmanamente, seis arrobas para cada um.
          O cavalo deu um pinote e relinchou uma gargalhada.
           – Ingênuo! Quer então que eu arque com seis arrobas quando posso bem continuar com as quatro? Tenho cara de tolo?
O burro gemeu:
– Egoísta! Lembre-se que se eu morrer você terá que seguir com a carga das quatro arrobas mais a minha.
O cavalo pilheriou de novo e a coisa ficou por isso. Logo adiante, porém, o burro tropica, vem ao chão e rebenta.
Chegam os tropeiros, maldizem da sorte e sem demora arrumam as oito arrobas do burro sobre as quatro do cavalo egoísta. E como o cavalo refuga, dão-lhe de chicote em cima, sem dó nem piedade.
          – Bem feito! – exclamou um papagaio. Quem o mandou ser mais burro que o pobre burro e não compreender que o verdadeiro motivo era aliviá-lo da carga em excesso? Tome! Gema dobrado agora…”
(Monteiro Lobato, Fábulas. São Paulo, Editora Brasiliense, 1994)
Responda às questões sobre o texto.

1.  Na fábula acima, por que o cavalo e o burro se desentenderam?
2. A atitude do cavalo trouxe-lhe as consequências previstas pelo burro. Que comportamento humano a atitude do cavalo representa?
3. Que ensinamento essa fábula transmite?
4. Redija em apenas uma frase, a moral desta história.


5. Personagem, espaço e tempo estão presentes em todos os textos narrativos independentemente do gênero a que pertençam. Identifique nesta fábula esses elementos.