domingo, 27 de março de 2016

Contos de mistério - Produção textual e interpretação


 EMEF_____________________________________________________________data___
Nome:___________________________________________________________, ____ Ano

Produção textual
Nesse bimestre estamos trabalhando os contos de mistério. Pois bem, agora é a sua vez de continuar a produzir um texto de mistério bem criativo e que chame a atenção do leitor, deixando-o curioso para saber como irá terminar a história.
Continue o trecho a seguir de onde parou... Não esqueça de inventar um título , caprichar nos detalhes da narrativa e  na letra.

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         Com a gola do paletó levantada e a aba do chapéu abaixada, caminhando pelos cantos escuros, era quase impossível a qualquer pessoa que cruzasse com ele ver seu rosto.         No local combinado, parou e fez o sinal que tinham já estipulado à guisa de senha. Parou debaixo do poste, acendeu um cigarro e soltou a fumaça em três baforadas compassadas.          Imediatamente um sujeito mal-encarado, que se encontrava no café em frente, ajeitou a gravata e cuspiu de banda.
         Era aquele. Atravessou cautelosamente a rua, entrou no café e pediu um guaraná. O outro sorriu e se aproximou:
         Siga-me! - foi à ordem dada com voz firme. Deu apenas um gole no guaraná e saiu. O outro entrou num beco úmido e mal iluminado e ele - a uma distância de uns dez a doze passos - entrou também.
         Ali parecia não haver ninguém. O silêncio era sepulcral. Mas o homem que ia à frente olhou em volta, certificou-se de que não havia ninguém de tocaia e bateu numa janela. Logo uma dobradiça gemeu e a porta abriu-se discretamente.
         Entraram os dois...



Conto de mistério


O quilo de feijão

         Com a gola do paletó levantada e a aba do chapéu abaixada, caminhando pelos cantos escuros, era quase impossível a qualquer pessoa que cruzasse com ele ver seu rosto.         No local combinado, parou e fez o sinal que tinham já estipulado à guisa de senha. Parou debaixo do poste, acendeu um cigarro e soltou a fumaça em três baforadas compassadas.          Imediatamente um sujeito mal-encarado, que se encontrava no café em frente, ajeitou a gravata e cuspiu de banda.
         Era aquele. Atravessou cautelosamente a rua, entrou no café e pediu um guaraná. O outro sorriu e se aproximou:
         Siga-me! - foi à ordem dada com voz cava. Deu apenas um gole no guaraná e saiu. O outro entrou num beco úmido e mal iluminado e ele - a uma distância de uns dez a doze passos - entrou também.
         Ali parecia não haver ninguém. O silêncio era sepulcral. Mas o homem que ia à frente olhou em volta, certificou-se de que não havia ninguém de tocaia e bateu numa janela. Logo uma dobradiça gemeu e a porta abriu-se discretamente.
         Entraram os dois e deram numa sala pequena e enfumaçada onde, no centro, via-se uma mesa cheia de pequenos pacotes. Por trás dela um sujeito de barba crescida, roupas humildes e ar de agricultor pareciam ter medo do que ia fazer. Não hesitou - porém - quando o homem que entrara na frente apontou para o que entrara em seguida e disse: "É este".
         O que estava por trás da mesa pegou um dos pacotes e entregou ao que falara. Este passou o pacote para o outro e perguntou se trouxera o dinheiro. Um aceno de cabeça foi à resposta. Enfiou a mão no bolso, tirou um bolo de notas e entregou ao parceiro. Depois se virou para sair. O que entrara com ele disse que ficaria ali.
         Saiu então sozinho, caminhando rente às paredes do beco. Quando alcançou uma rua mais clara, assoviou para um táxi que passava e mandou tocar a toda pressa para determinado endereço. O motorista obedeceu e, meia hora depois, entrava em casa a berrar para a mulher:
         - Julieta! Ó Julieta... Consegui.
         A mulher veio lá de dentro enxugando as mãos em um avental, a sorrir de felicidade. O marido colocou o pacote sobre a mesa, num ar triunfal. Ela abriu o pacote e verificou que o marido conseguira mesmo. Ali estava: um quilo de feijão.
                                                                             
   Sérgio Porto - Stanislaw Ponte Preta
Ilustre o texto com muito capricho!!!














Leia o texto e responda as perguntas:


1.   Quantos parágrafos tem o texto?
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2.   Qual o assunto principal do texto?
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3.     Descreva como estava vestido o homem?
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4.     Qual era a senha?
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5.     O que o homem estava querendo?
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Agora que vocês já produziram um final para o texto, que tal ler a história original? Uma crônica de Stanislau Ponte Preta

O quilo de feijão

         Com a gola do paletó levantada e a aba do chapéu abaixada, caminhando pelos cantos escuros, era quase impossível a qualquer pessoa que cruzasse com ele ver seu rosto.         No local combinado, parou e fez o sinal que tinham já estipulado à guisa de senha. Parou debaixo do poste, acendeu um cigarro e soltou a fumaça em três baforadas compassadas.          Imediatamente um sujeito mal-encarado, que se encontrava no café em frente, ajeitou a gravata e cuspiu de banda.
         Era aquele. Atravessou cautelosamente a rua, entrou no café e pediu um guaraná. O outro sorriu e se aproximou:
         Siga-me! - foi à ordem dada com voz cava. Deu apenas um gole no guaraná e saiu. O outro entrou num beco úmido e mal iluminado e ele - a uma distância de uns dez a doze passos - entrou também.
         Ali parecia não haver ninguém. O silêncio era sepulcral. Mas o homem que ia à frente olhou em volta, certificou-se de que não havia ninguém de tocaia e bateu numa janela. Logo uma dobradiça gemeu e a porta abriu-se discretamente.
         Entraram os dois e deram numa sala pequena e enfumaçada onde, no centro, via-se uma mesa cheia de pequenos pacotes. Por trás dela um sujeito de barba crescida, roupas humildes e ar de agricultor pareciam ter medo do que ia fazer. Não hesitou - porém - quando o homem que entrara na frente apontou para o que entrara em seguida e disse: "É este".
         O que estava por trás da mesa pegou um dos pacotes e entregou ao que falara. Este passou o pacote para o outro e perguntou se trouxera o dinheiro. Um aceno de cabeça foi à resposta. Enfiou a mão no bolso, tirou um bolo de notas e entregou ao parceiro. Depois se virou para sair. O que entrara com ele disse que ficaria ali.
         Saiu então sozinho, caminhando rente às paredes do beco. Quando alcançou uma rua mais clara, assoviou para um táxi que passava e mandou tocar a toda pressa para determinado endereço. O motorista obedeceu e, meia hora depois, entrava em casa a berrar para a mulher:
         - Julieta! Ó Julieta... Consegui.
         A mulher veio lá de dentro enxugando as mãos em um avental, a sorrir de felicidade. O marido colocou o pacote sobre a mesa, num ar triunfal. Ela abriu o pacote e verificou que o marido conseguira mesmo. Ali estava: um quilo de feijão.
                                                                             
   Sérgio Porto - Stanislaw Ponte Preta
Ilustre o texto com muito capricho!!!














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